O cinema brasileiro, infestado de comédias romanticas globais e sem graça, felizmente (ou não) consegue buscar êxito nas tragédias, a maior delas é o narcotráfico. Cidade de Deus, Tropa de Elite são ótimos exemplos, com reocnhecimento internacional. Agora Meu Nome não é Johnny vem somar com essa equipe, e não faz feio.O filme conta a história verídica de João Estrela, um garoto de classe média, inteligente, mas era sempre quem liderava os demais colegas nas "fuzarcas monumentais" que aprontavam, segundo sua diretora.
Interpretado genialmente por Selton MelloEntrou muito jovem no mundo das drogas, por seu carisma, e ainda por ter a casa livre para as festas (os pais brigaram, a mãe saiu de casa, e o pai vivia trancado no quarto), foi ganhando espaço, usando as festas na sua casa para vender cocaína aos festeiros.
Logo, sua fama levou a ir "para o outro lado do balcão", passando assim a revender drogas, em contato com as masi doidas figuras. Parte essa muito bem mostrado no filme, desde à traficante setentona Dona Marly, aos policias corruptos querendo ganhar uma por trás.
Na mesma época que começa como produtor musical, querendo parar de traficar, João Estrela recebe a
proposta irrecusável de trazer grandes quantidades para o Rio, direto "da fonte". Dessa mesma forma também aparece a oportunidade de levar a droga pra fora do país, "onde pagam em dólar e gosta do produto fino". Nesse momento vemos João Estrela e sua esposa Sofia (Cléo Pires) aproveitando a viagem e fazendo sua lua de mel, e esbanjando tudo o que ganha no tráfico. E é nessa onda que João Estrela leva a vida, ganhando bastante e gastando mais ainda.Nem tudo na vida são flores, João ve isso quando, numa intentona de levar mais droga ao exterior, ele é preso com quase seis quilos de cocaina em flagrante. Agora ele a verdadeira dimensão doque fazia, os presos
perigosos que ele vai ter que conviver.Um julgamento conturbao e um final emocinante findam a saga de João Estrela.
O filme tem méritos pois consegu juntar inteligentemente momentos de comédia e de drama, a cena em que eles buscam a droga no fórum "fantasiados" de executivos é ótima.
Até a parte em que vai preso, segue esse clima simpático, de personagens carismáticos e suas situações inusitadas, com trilha sonora cheio de rock e musicas animadas. A partir da prisão o filme se apega mais ao drama, da situação caótica, e a trilha sonora melódica.
As atuações sedestacam principalmente pelo brilhante, como não poderia deixar de ser, Selton Mello, convencendo como sempre no papel, como o cara simpático que todo mundo quer ser amigo, mesmo que apronte as suas. Os outros personagens, a roda de amigos de João, com atores diria que "ex-malhação" mas que forma bem conduzidos e tiveram boas atuações. Cléo Pires também convence, mesmo com um papel pequeno, chama a atenção toda vez que aparece.
O elenco mais velho do filme também engrandece bastante o filme, Júlia Lemmertz concede intensidade como a mãe de João. Cássia Kiss consegue passar emoção por de trás de frigidez de sua profissão de juíza.
A direção de Mauro Lima é bem competente, destaque para a belíssima cena onde o pai de João Morre, sem cortes, filmada de fora da casa mostrando o que ocorre em seu interior. Mas ainda tem alguns pecados, como alguns closes estranhos, e a recriação do ambiente não foi tão compentente, as vezes esquecemos que o filme é dos anos 80.
Meu nome não é Johnny, afinal mostra uma mensagem diferente dos outros filmes de narcotráfico, uma mensagem de esperança e de que é possivel se recuperar. João Estrela hoje é um famoso produtor musical no Rio, e se declara livre do vício das drogas. Um boa comparação com o cinema brasileiro, embroa a maioria afundem defronte as dificuldades, com boa vontade se consegue algumas obras-primas.

Nota final: 9/10